25 novembro 2010

Francisco Buarque

em silêncio nos olhávamos por cinco, dez minutos,
ela com as mãos na altura dos quadris,
agarrando,torcendo a própria saia.
e corava pouco à pouco até ficar bem vermelha,
como se em dez minutos
passasse por seu rosto uma tarde de sol.
a um palmo de distância dela,
eu era o maior homem do mundo, eu era o sol.


3 comentários: